Construção civil pode ajudar no combate a epidemias

A pandemia de Covid-19 ainda preocupa o mundo inteiro. E o que o setor de construção civil tem a ver com isso? Bem, bastante coisa. Um projeto arquitetônico mal executado pode ter relação direta com a propagação de doenças. Por outro lado, soluções simples de design trazem mais bem-estar às pessoas. Confira.

Projeto arquitetônico pode favorecer epidemias

Em palestra na conferência TED de 2016, o arquiteto Michael Murphy explicou como prédios podem adoecer gente saudável. Ele citou o caso de um hospital na África do Sul, onde pacientes podiam entrar com uma perna quebrada e sair com uma severa tuberculose.

Isso acontecia devido à arquitetura dos corredores. Sem ventilação adequada, todo mundo respirava o mesmo ar saturado e cheio de micróbios. Condições perfeitas para disseminar infecção.

Com vontade de transformar realidades como aquela, Murphy embarcou para Ruanda. Lá, ele ajudou a construir um hospital diferente, projetado para curar. Os corredores de espera ficariam do lado de fora, fazendo com que os visitantes respirassem o ar da rua. A ventilação natural substituiria os sistemas mecânicos, até porque eles raramente funcionavam.

Além disso, haveria janelas individuais para cada leito. O objetivo era melhorar a experiência de internação dos acamados. Afinal, estudos apontavam que um quarto com vista para a natureza costuma trazer impactos positivos no tratamento de enfermidades.

O relato de Murphy mostra a importância do briefing para uma empreitada na construção civil. Entendendo quais são as necessidades da obra, é possível encontrar as melhores soluções para os habitantes da edificação. Mais que erguer paredes, a ideia é proporcionar bem-estar.

Vamos a outro exemplo. Frente à pandemia de Covid-19 no mundo, um escritório de arquitetura alemão desenvolveu o projeto da Casa Vital. Trata-se de uma estrutura temporária, que pode ser construída rapidamente para combater doenças contagiosas.

A planta baixa prevê as costumeiras unidades de cuidado intensivo, mas vai um passo adiante. Há “quartos de comunicação”, isto é, espaços para os doentes receberem visitas – mantendo distância e a devida proteção de todos. Ainda, um pátio verde provê maior conforto aos internados, favorecendo uma recuperação mais rápida. De novo, simples ajustes no design podem causar um impacto significativo na saúde das pessoas.

Hábitos de higiene levam a mudanças na arquitetura

Não é de hoje que a medicina influencia a arquitetura. Para você ter uma ideia, as alcovas eram comuns até o século XIX. Porém, esses cômodos sem janelas deixaram de ser usados. Com o avanço do conhecimento sobre questões sanitárias, ficou óbvio que a ventilação de ambientes seria necessária para evitar surtos.

Foi mais ou menos nessa época que os azulejos brancos se popularizaram em hospitais. Paredes claras e fáceis de limpar eram a garantia de um local livre de germes.

Já nas residências, o destaque vai para o lavabo. Essa peça era destinada às visitas, de modo que a família não precisasse compartilhar seu banheiro particular com estranhos.

E os hábitos continuam a evoluir. Reportagem do site Casa.com.br imagina possíveis heranças que o novo coronavírus deixará à arquitetura. Algumas possibilidades seriam pias ao lado das portas principais, áreas para deixar os sapatos ou, até mesmo, entradas separadas indo direto aos toaletes, o que facilitaria a higienização antes de se retornar à morada.

Gostou do conteúdo de hoje? Então lembre-se de que é importante envolver a construtora no projeto desde a concepção da obra. Essa medida leva a um planejamento minucioso do trabalho, adequando-se custos e prazos às expectativas do cliente. Acesse o link e saiba mais.