Princípio de Pareto: Como a Regra 80/20 se aplica à construção civil

Você já ouviu falar no Princípio de Pareto, ou Regra 80/20? Essa abordagem é bastante difundida no mundo corporativo, mas também pode ser aplicada à construção civil. Basicamente, ela aponta que 80% dos efeitos vêm de 20% das causas. Traduzindo: ao ajustar erros ainda na fase de projeto, você consegue evitar muita dor de cabeça na execução da obra. Continue conosco para entender os detalhes.

O que é o Princípio de Pareto

A Regra 80/20 foi sugerida pelo consultor de negócios Joseph Moses Juran, em homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto. Em seus escritos, Pareto relatou que 20% das vagens de seu jardim continham 80% das ervilhas. A partir daí, ele traçou uma relação com a distribuição de renda na Itália: 80% da terra pertencia a 20% da população, no século XIX.

Mais adiante, o conceito foi sendo desenvolvido em outras áreas do conhecimento. No Marketing, é comum dizer que 80% das vendas vêm de 20% dos clientes. Já o engenheiro de software Lowell Arthur afirmou que “20% do código contém 80% dos erros”. Ou seja, encontrá-los e consertá-los faria o programa funcionar praticamente sem bugs.

O Princípio de Pareto, ainda, pode ser aproveitado na gestão de processos. Partindo do pressuposto que 80% das falhas de qualidade surgem em decorrência de 20% das atividades, busca-se realizar um planejamento mais certeiro das ações. Em outras palavras, esse é um esforço para otimizar recursos e evitar retrabalho.

Como aplicamos a Regra 80/20 na engenharia

Agora vamos a um exemplo prático de como o Princípio de Pareto aparece na construção civil. Digamos que o projeto arquitetônico preveja aplicação de um revestimento cerâmico na fachada do imóvel. A equipe adquire esse item e leva alguns dias para cobrir todo o exterior da edificação com pastilhas.

Porém, após a conclusão do serviço, uma vistoria no prédio encontra problemas. Fica evidente que o material não atendia aos requisitos da NBR 13755, o que significa que não era adequado para áreas externas. Possivelmente a cerâmica vai se descolar das paredes em poucos meses, já que não resiste às intempéries.

O que acontece, então? É necessário remover todas as pastilhas, adquirir outro tipo de revestimento e contratar novamente trabalhadores que realizem a aplicação. Com um retrabalho que foge ao cronograma, a obra atrasa. E, devido à nova contratação de pessoal e ao gasto extra com insumos, a empreitada também fica mais cara.

Em resumo, há uma sucessão de equívocos que poderia ser evitada, caso houvesse um olhar mais atento ao projeto. Bastaria uma única observação, ainda na fase da planta, para que o material correto fosse usado. Assim, todo esse desperdício de tempo e dinheiro seria inexistente.

Por isso, aqui na Sulpply Engenharia, nós defendemos que a construtora deve estar envolvida no projeto arquitetônico da obra. Dessa forma, os projetistas e os executores podem trocar ideias, garantindo que todas as etapas do empreendimento estejam alinhadas.

Para resultados ainda melhores, condizentes com a Regra 80/20, indicamos o método BIM. Essa tecnologia utiliza modelos 3D para um planejamento mais preciso e atualizado. (Dica: acesse o link e confira os detalhes.)

Precisando de um orçamento para construção ou reforma, conte conosco. Nossa equipe atua de maneira inovadora e competente para entregar as melhores soluções à clientela.

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