Já parou para pensar na vida útil do prédio onde você mora ou trabalha? Estima-se que as edificações atuais durem entre 50 e 100 anos, mas esse não é um cálculo tão simples. Ele envolve diversas variáveis, como a durabilidade dos materiais utilizados na obra, as manutenções realizadas e a própria ação do tempo. Confira os detalhes.

Durabilidade dos materiais afeta a vida útil do prédio

A primeira camada protetora de um edifício geralmente é a tinta. Ela recebe ação direta das variações climáticas: chuva, luz do sol, umidade do ar. Isso faz com que as superfícies se encham de fungos e bactérias. Aí, em poucos anos, a pintura já está deteriorada, sendo necessário renová-la.

Outro item que perde as propriedades relativamente cedo é a argamassa. Essa mistura de cimento, areia, cal e água sofre com as mudanças de temperatura. Após uns 20 anos, a aderência diminui e os revestimentos das paredes, como azulejos e pastilhas, podem se desprender.

Os demais elementos de uma construção funcionam indefinidamente, a depender do material utilizado. Telhas de amianto resistem algumas décadas, enquanto telhados de barro sobrevivem por séculos. Idem para as tubulações: os canos de PVC substituíram os de aço galvanizado por serem mais duráveis.

Já peças de vidro e de cerâmica perduram por várias gerações. Podem até perder o brilho, mas seguem intactas. Só ocorre problema se houver erro de fabricação. Um tijolo de má procedência, por exemplo, absorve água e esfarela-se.

Portanto, a vida útil do prédio depende, em primeiro lugar, da qualidade dos materiais empregados na obra. Deve-se prever um equilíbrio entre a durabilidade e o custo desses itens – afinal, as opções mais resistentes costumam ser caras, o que pode inviabilizar a execução do projeto.

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Manutenção predial prolonga a vida útil das edificações

Talvez uma das maiores ameaças à longevidade de um imóvel seja o ar. Isso mesmo. A umidade e o oxigênio desgastam naturalmente até as edificações mais sólidas.

Pense no concreto armado, bastante popular na construção civil. A mescla de barras de aço, cimento, pedras, areia e água absorve gás carbônico do ar. Assim, com o passar dos anos, ela vai ficando ácida. Num cenário extremo, o cimento corrói vigas de sustentação, o aço hidratado incha e o aumento de volume causa rachaduras.

Claro que existem meios de evitar a deterioração precoce, a começar pela impermeabilização da obra. Os engenheiros responsáveis também devem seguir as normas técnicas e avaliar os chamados modelos de desempenho, que preveem como determinados materiais se comportarão no longo prazo.

Porém, para garantir que as expectativas se cumpram, é importante realizar vistorias periódicas nas estruturas prediais. A manutenção indica se há necessidade de reparos. Muitas vezes, partes que se degradam rápido precisam ser substituídas para evitar estragos maiores. É o caso dos revestimentos de fachada – que, quando estão em bom estado, ajudam a proteger a alvenaria.

Para edificações em estágio avançado de desgaste, a solução pode ser um retrofit. Mais que uma reforma, esse método agrega sustentabilidade ao projeto, pois encontra alternativas econômicas e ecológicas para estender a vida útil do prédio.

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