Engenharia pode até ser uma ciência exata, mas o cálculo do orçamento da obra nem sempre parece lógico aos olhos do leigo. É que um mesmo serviço pode custar diferente para cada cliente. E, não, o trabalho não fica mais caro só porque o contratante tem dinheiro sobrando. Há outras variáveis que incidem na composição de preço.
Realidade socioeconômica determina o custo da obra
Uma maneira simples de precificar um projeto é pelo valor do metro quadrado. Isso significaria que, quanto maior a área a ser construída, mais cara ficaria a obra.
Porém, na prática, não é tão simples assim. Tente fazer uma pesquisa de mercado para descobrir o valor do metro quadrado praticado por empreiteiras de sua região. A resposta das empresas será um evasivo “depende”.
Não existe um preço único para orçar um empreendimento. Ele está diretamente relacionado à realidade socioeconômica do lugar.
Consideremos apenas a mão de obra, isto é, os trabalhadores envolvidos. As despesas com pessoal variam de acordo com:
– O salário mínimo regional;
– O grau de qualificação da equipe;
– A lei de oferta e demanda (bons profissionais são raros e, portanto, mais caros).
Além disso, vale considerar as despesas com material de construção, que também sofrem flutuações. E, claro, existe a maior razão para a variação de preços nos serviços de engenharia.
Por que o preço da obra nunca é igual
Estamos falando das especificidades do projeto. Elas só podem ser analisadas depois que a gente entende a necessidade do cliente.
Por exemplo: digamos que você precise pintar as paredes do depósito de materiais de uma fábrica. Será uma tarefa relativamente simples, que demanda uma solução barata.
Agora, vamos supor que seja necessário pintar a fachada da mesma indústria. Nesse caso, o valor do metro quadrado muda. Por que? Porque a Composição do Preço Unitário (CPU) mudou.
O lado de fora do pavilhão sofre com as intempéries (chuva, vento, sol em excesso). Essas condições climáticas requerem a aplicação de uma tinta mais resistente, adequada a áreas externas. O trabalho de pintura também deverá ser mais caprichado, pois o resultado ficará visível a um número maior de pessoas.
Ou seja: a renovação da fachada exigirá uma tinta especial, uma mão de obra com treinamento específico de trabalho em altura (NR35) e equipamento especiais (balancim ou andaimes). A Composição do Preço Unitário irá determinará o valor do serviço.
Podemos estender esse raciocínio a qualquer etapa de uma construção ou reforma. Vai erguer um prédio em solo úmido? Melhor investir na drenagem do terreno. Vai erguer o mesmo prédio em solo arenoso? O desenho das fundações provavelmente irá mudar.
E a lista se estende indefinidamente. No fim das contas, o que determina a composição de preço são os materiais, as máquinas, os equipamentos, a mão de obra e a finalidade de cada projeto.
Portanto, você deve ter uma ideia clara de quais são suas necessidades. Depois, converse com o engenheiro responsável para alinhar as expectativas à realidade. Afinal, nem sempre o que se quer é o que pode ser feito, dadas as restrições de cronograma ou orçamento da obra.
A colaboração de profissionais ajuda bastante nesse ponto. Converse com a Sulpply Engenharia. Nós buscamos soluções eficientes, de qualidade e que cabem no seu bolso.