Todo trabalho de engenharia deve atender à NBR 15575. Esse documento, produzido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece requisitos para o desempenho de edificações habitacionais. Ou seja: seguir as recomendações significa construir um prédio mais seguro e com maior vida útil.
O texto aborda diversos aspectos do projeto. Hoje vamos falar de um tópico específico: a fachada. Muitos clientes preferem poupar recursos na obra, então utilizam materiais mais baratos nas áreas externas. O problema é que, se os níveis de qualidade não forem observados, será preciso realizar reparos em pouquíssimo tempo. Assim, a economia inicial pode sair cara no longo prazo.
Desempenho da fachada segundo a NBR 15575
De acordo com a norma, os revestimentos de fachada são classificados como elementos construtivos de categoria 2. Isso significa que eles são manuteníveis – duráveis, mas necessitam de manutenção periódica ou substituição durante a vida útil do edifício.
O texto prevê um índice de desempenho mínimo, isto é, o menor tempo aceitável para que as peças mantenham a integridade. No caso de fachadas revestidas, espera-se que elas resistam por 20 anos ou mais. O mesmo vale para as esquadrias externas (janelas, balcões, grades de proteção, peitoris, soleiras, cobogós, brises etc.). Já os painéis ou muros-cortina devem apresentar vida útil mínima de 40 anos.
A NBR 15575 indica, ainda, o valor dos reparos. O custo para manutenção ou substituição dos revestimentos de fachada é considerado alto, pois costuma ser superior ao investimento inicial. No entanto, trata-se de um gasto necessário, visto que o desgaste desses itens compromete a durabilidade de outras estruturas do prédio.
Para a pintura da área externa, as regras são um pouco diferentes. O índice de desempenho mínimo fica em 08 anos. Por outro lado, as despesas com manutenção são mais baixas. Como o investimento equivale ao valor inicialmente injetado na obra, o custo se enquadra entre os níveis médio e alto, a depender da qualidade da tinta.
Impermeabilização e resistência a vento
Outros pontos citados pela NBR 15575 dizem respeito a segurança e resistência às intempéries. Por exemplo, indica-se que o projeto preveja sistemas para impedir a penetração da umidade de jardins contíguos à fachada. Isso colabora para manter a segurança estrutural. Da mesma forma, é importante assegurar a impermeabilização da edificação.
O arquiteto deverá especificar os sistemas de vedação a serem usados no prédio. A ideia é impedir que a água da chuva ultrapasse até os ambientes internos.
Em paralelo, deve-se mencionar a necessidade de realização de ensaios de estanqueidade, quando for o caso. É que construções altas sofrem impacto direto do vento. Portanto, fachadas, esquadrias e coberturas precisam ser instaladas de modo que não quebrem na primeira tempestade.
Por fim, a norma técnica aborda a limpeza de vidros, guarda-corpos, varandas e demais elementos externos. Para facilitar esse trabalho, a fachada deverá contar com elementos de ancoragem que facilitem a instalação dos equipamentos (balancins, andaimes etc.).
Quer saber mais? Então acompanhe nosso artigo sobre requisitos de desempenho para fachadas de vidro. Elas também devem obedecer à NBR 7199.
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